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26 de Abril de 2024
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    Júri condena a 118 anos de cadeia mandante de chacina que chocou Soledade

    Júri condena a 118 anos de cadeia mandante de chacina que chocou Soledade Vercilei Serena, Tânia Bitencourt e Dallazen durante a sessão Uma condenação de 118 anos de prisão pela morte de seis pessoas e uma tentativa de homicídio. Esta foi a sentença imposta ao pecuarista Mairol Batista da Silva, 41, levado à júri popular nesta terça-feira, 25, em Soledade. O crime motivado por uma suposta desavença por terras foi cometido há 13 anos e abalou a cidade e região Norte do Estado.

    No julgamento que durou quase 12 horas com grande expectativa da comunidade, trabalharam no plenário do Fórum de Soledade os Promotores de Justiça Tânia Maria Bitencourt e Fabiano Dallazen - designado para atuar na sessão presidida pela Juíza Karen Luise de Souza Pinheiro. Como assistentes de acusação atuaram os Advogados Nereu Lima e Paulo Pedroso. O réu foi defendido pelo Advogado José Osmar Teixeira.

    Durante a sessão o Ministério Público sustentou a denúncia oferecida de homicídio triplamente qualificado - promessa e recompensa; dissimulação, surpresa e impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil - praticado seis vezes e uma tentativa de homicídio. Como ainda cabe recurso da decisão, Silva, que sempre negou envolvimento nas mortes, permanece em liberdade - já vinha respondendo ao processo nessa condição.

    EXUMAÇÃO

    A demora no julgamento foi provocada por diversos fatores, incluindo a exumação do corpo do autor da chacina, o peão Márcio Camargo, à época com 21 anos. Conforme narra a denúncia do MP, Camargo assassinou a tiros o patrão dele e dono da Fazenda Santo Augusto, o comerciante Augusto Ricardo Ghion, a mulher dele, Liamara Ghion, uma sobrinha dela, Ana Cavalli, o capataz da fazenda, Olmiro Graeff, a mulher dele, Iranês Graeff, e o filho do casal Alexsandro Graeff. A única sobrevivente da matança foi uma filha do comerciante, com 13 anos na época, que, ferida na cabeça e nas costas, só sobreviveu porque se fingiu de morta.

    Ao ser preso, o peão confessou ter sido contratado por Silva para matar Ghion e quem estivesse na fazenda, onde trabalhava havia dois anos. Camargo, que esteve preso por dois anos, fugiu da penitenciária em julho de 2003 e apareceu morto após se envolver em um assalto. Ao longo dos 13 anos, além de Camargo, outras seis pessoas ligadas direta ou indiretamente ao caso morreram.

    PROCESSO

    O processo do caso somou 26 volumes com 5,5 mil páginas. A chacina começou no entardecer de 7 de julho de 2001. As vítimas foram atingidas por 15 tiros, a maioria na cabeça. Pelo assassinato o autor confesso dos crimes ficou de receber R$ 30 mil, o que não ocorreu. No plenário a Promotora de Justiça Tânia Bitencourt demonstrou ao corpo de jurados, através de um painel, como aconteceram as execuções na fazenda localizada no interior de Soledade.

    O painel utilizado pela Promotora de Justiça no júri Promotores Tânia Bitencourt e Fabiano Dallazen sustentaram a denúncia

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